Introdução ao Caos
Em 1989, após a “queda” do muro de Berlim, os pacifistas anunciaram ao mundo que tinha chegado finalmente o Fim da História. Que a partir de então, com o colapso ideológico e económico do comunismo, tinha chegado ao fim a era bélica e dali em diante a Europa seria um paraíso de paz e progresso económico. Iríamos todos viver num mundo de unicórnios e arco-íris ideológicos e a guerra era para os museus. Considero-me um pouco conhecedor da essência humana (via-a no seu melhor e no seu @pior), pelo que não me convenceram então e a confirmar a minha descrença surgiu logo 3 anos depois a tragédia jugoslava, guerra étnico-religiosa que durou até 1996 e que serenou com a celebração dos Acordos de Dayton, mas onde se fazem sentir ainda hoje as tensões sociais, étnicas e religiosas. Vivi-a ao vivo e a cores entre 1992 e 1993.
A Europa da CEE, travestida posteriormente em União Europeia apostou, assente no discurso do pacifismo inebriado, em 3 Pilares, todos eles maioritariamente virados para o desenvolvimento económico, tendo-me gerado então – e ainda gera – uma descrença total no alcance de um verdadeiro espaço europeu de todos e para todos em igualdade.
A Europa desde os mais remotos tempos sempre assentou a sua história de longos períodos de paz em prévios tempos de guerra. Foi assim, para não recuar mais no tempo, desde a romanização até aos dias de hoje. Isto é, a paz que intermediou tempos de guerra sempre assentou no resultado desta, quer por conquista e submissão do inimigo, quer por meios diplomáticos e redefinição de fronteiras. Foi assim e sempre assim será. A realidade não tem unicórnios nem arco-íris.
O Tratado de Maastricht, que consagrou a Europa assente em 3 Pilares, suscitou-me logo descrença no seu 2º Pilar, o PESC – Política Externa e de Segurança Comum, o qual referia expressamente o desarmamento da Europa a longo prazo, tal como veio a suceder com a implementação do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa, do qual fui Inspector activo durante 14 anos.
O Tratado de Maastricht, que consagrou a Europa assente em 3 Pilares, suscitou-me logo descrença no seu 2º Pilar, o PESC – Política Externa e de Segurança Comum, o qual referia expressamente o desarmamento da Europa a longo prazo, tal como veio a suceder com a implementação do Tratado sobre Forças Armadas Convencionais na Europa, do qual fui Inspector activo durante 14 anos.
Com a implementação deste tratado, os países europeus do espaço ocidental deram início ao seu suicídio militar desarmando-se, abolindo o Serviço Militar Obrigatório, reduzindo os efectivos dos Quadros Permanentes e desinvestindo assustadoramente na Defesa, confiando-a aos EUA e crendo-a permanente através das 37 Bases americanas na Europa e nos 100.000 militares que as ocupam, dos quais 65.000 permanentes e em rotação os restantes 35.000 estando, ao momento, 10.000 deles estacionados na Polónia, mas que começarão a regressar aos EUA em meados deste ano. Daí a Polónia já ter mudado a direcção do seu discurso em relação à Rússia e à Ucrânia.
As recentes declarações de J.D. Vance, Vice-Presidente dos EUA, na Conferência de Munique, sobre o desinvestimento na Defesa pelos Europeus, assim como as declarações do Secretário da Defesa Pete Hegseth, em Varsóvia, afirmando que a Europa não pode presumir que a presença das tropas americanas no continente "durará para sempre", vão no sentido do que o Presidente dos EUA já afirmou antes – e vai fazê-lo – de que a Europa não contará com a ajuda militar americana em caso de conflito nas suas fronteiras, referindo-se indirectamente à Federação Russa. A sua preocupação única é o pacífico. Donald Trump não é um político, é um homem de negócios que chegou a Presidente dos EUA e com esta afirmação obliterou o Tratado do Atlântico Norte na generalidade e na especialidade derrogou por completo o artigo 5º, colocando a NATO em agonia irreversível. Custa-me escrevê-lo, mas assiste-lhe completamente razão quando afirma que os contribuintes americanos não têm de pagar pelo hedonismo europeu.
Há por aí muito douto cum libro ou espectadores de soap operas ou ainda visitantes em pequenas férias a Nova Yorque e, ou, Washington, que se julgam conhecedores do american way of life e assim emitem opiniões sobre o povo americano e a sua forma de ser e pensar. Esta pretensa superioridade cultural e social europeia não passa de uma arrogância que não alcança a mais simples das realidades, a de que o Presidente dos EUA está simplesmente a ser o que é, americano de essência, transmitindo assim o pensar da sua base eleitoral e mesmo de grande parte envergonhada da base eleitoral democrata. Aceitem que dói menos.
Num vislumbre de realidade futurológica assente num exercício meramente académico, imaginem que futuras eleições na Ucrânia são ganhas por um cidadão pró-russo. De um momento para o outro aquele espaço da Eurásia fica com os dois exércitos mais bem armados, mais numerosos e mais experimentados do mundo em guerra moderna. E a Europa continua a estudar como se deverá organizar militarmente.
As recentes declarações de J.D. Vance, Vice-Presidente dos EUA, na Conferência de Munique, sobre o desinvestimento na Defesa pelos Europeus, assim como as declarações do Secretário da Defesa Pete Hegseth, em Varsóvia, afirmando que a Europa não pode presumir que a presença das tropas americanas no continente "durará para sempre", vão no sentido do que o Presidente dos EUA já afirmou antes – e vai fazê-lo – de que a Europa não contará com a ajuda militar americana em caso de conflito nas suas fronteiras, referindo-se indirectamente à Federação Russa. A sua preocupação única é o pacífico. Donald Trump não é um político, é um homem de negócios que chegou a Presidente dos EUA e com esta afirmação obliterou o Tratado do Atlântico Norte na generalidade e na especialidade derrogou por completo o artigo 5º, colocando a NATO em agonia irreversível. Custa-me escrevê-lo, mas assiste-lhe completamente razão quando afirma que os contribuintes americanos não têm de pagar pelo hedonismo europeu.
Há por aí muito douto cum libro ou espectadores de soap operas ou ainda visitantes em pequenas férias a Nova Yorque e, ou, Washington, que se julgam conhecedores do american way of life e assim emitem opiniões sobre o povo americano e a sua forma de ser e pensar. Esta pretensa superioridade cultural e social europeia não passa de uma arrogância que não alcança a mais simples das realidades, a de que o Presidente dos EUA está simplesmente a ser o que é, americano de essência, transmitindo assim o pensar da sua base eleitoral e mesmo de grande parte envergonhada da base eleitoral democrata. Aceitem que dói menos.
Num vislumbre de realidade futurológica assente num exercício meramente académico, imaginem que futuras eleições na Ucrânia são ganhas por um cidadão pró-russo. De um momento para o outro aquele espaço da Eurásia fica com os dois exércitos mais bem armados, mais numerosos e mais experimentados do mundo em guerra moderna. E a Europa continua a estudar como se deverá organizar militarmente.
Jamais esqueço o que uma vez me disse sobre a Europa das Nações um Grande Senhor Americano, meu mentor na DTRA e nas NU, C. B. Turner; «Podem ter uma moeda comum, mas não têm uma língua comum e uma cultura comum. A diferença cultural entre as vossas nações não é a diferença cultural entre os nossos Estados». Tinha razão e digo eu que vivi entre americanos. Um europeu nunca diz que é europeu, identifica-se pelo país onde nasceu, pela sua nacionalidade. O americano de qualquer Estado nunca diz que é do Estado x ou y, diz sempre: I’m american from … e então diz o Estado de onde é originário.
Parece irrelevante? Acreditem que não é.
Donald Trump está a ser politicamente correcto à luz do american way of life e não o politicamente correcto dos políticos europeus integristas, mas só para algumas coisas.
Não acordem.
Parece irrelevante? Acreditem que não é.
Donald Trump está a ser politicamente correcto à luz do american way of life e não o politicamente correcto dos políticos europeus integristas, mas só para algumas coisas.
Não acordem.
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