segunda-feira, junho 11, 2007

Ó da Guarda...

Texto adaptado de um que me chegou por mail sem referência ao autor.
O poema em som de fundo deve ser interpretado e adaptado evolutivamente, atendendo às personagens actuais, embora não se deixe de obrar paras as de então e com muita força.

Alan Greenspan, nasceu em Nova Iorque, de origem judaica. Na sua adolescência tocava saxofone e sonhava vir ser um grande intérprete de jazz.
Obteve o doutoramento em Economia com elevadíssimas médias, tendo vindo a ser nomeado, em Junho de 1987, pelo presidente Reagan, "Chairman of the Board of Governors of the Federal Reserve" – nomeação confirmada pelo Senado dois m
eses depois.
O "Federal Reserve" está para os americanos como o Banco de Portugal está para nós. Porque quando ele deixou o lugar, em Janeiro de 2006, auferia anualmente, pelo desempenho daquele alto cargo, a módica quantia de 186.600 US dólares/ano. Qualquer coisa como 155.000 euros. O valor dos honorários dos outros membros do Conselho de Administração ("Vice-Chairman" incluído) é de cerca de 150.000 euros.

Sabem quanto pagamos, nós, o povinho, com os nossos impostos e para isto estar a merda que está ao Governador do Banco de Portugal, um senhor dotado de um prodigioso crânio, que dá pelo nome de Vítor Constâncio? Não sabem, ou não querem saber?
Pagamos-lhe 280.000 euros, leram bem, DUZENTOS E OITENTA MIL EUROS!
É claro que uma grande potência como Portugal, que possui o dobro da influência, à escala planetária, dos insignificantes EUA, tinha de pagar muito bem ao Boss do seu Banco, além de todas as incontáveis mordomias
que lhe dispensa, tal como aos seus pares daquela instituição pública. Também é claro que a verba do americano é fixada pelo Congresso e JAMAIS – como diria o bronco do Lino – pelo próprio, ao contrário do que se passa no país dos donos do mundo e dos maiores imbecis que habitam o planeta Terra. Serão mesmo, ou somos nós?
O que ma
is impressiona nestes números é que o homem que é escutado atentamente por todo o mundo financeiro, cuja decisão sobre as taxas de juro nos afecta a todos, ganha menos do que o seu equivalente num país pobre, pequeno, periférico, que apenas uma ínfima parcela desse território presta alguma atenção! Até a reforma do Mira Amaral é superior à do Greenspan!
Talvez não fosse má ideia espreitar o portal do Banco de Portugal e verem quem por lá passou como governador,
http://www.bportugal.pt/, “cliquem” em “O Banco; "História"; “Antigos governadores”.

Mas qual é o motivo para que esta escandalosa prática se mantenha? Pela divisa do Conselho de Administração do Banco de Portugal que deve ser parecida com algo assim:" Trabalhe um dia, receba uma pensão de reforma vitalícia e dê a vez a outro."
Os sucessivos governadores do Banco de Portugal têm um denominador comum. Cada vez que apar
ecem em público é porque vem aí merda da grossa!
"Os portugueses vivem acima das suas possibilidades. Há que cortar nos ordenados, há que restringir o crédito!" Proclamam-no sem que a voz lhes trema, mesmo quando se sabe que o actual governador aufere rendimentos que fariam inveja a Alan Greenspan. No fundo, o que eles nos querem dizer é, "Vocês vivem acima das vossas possibilidades, mas nós não!" Têm carradas de razão.
As remunerações dos membros do conselho de administração do Banco de Portugal são fixadas, no termos do artº 40º, al. a) da Lei Orgânica do banco de Portugal, por uma comissão de vencimentos. E quem foi que Luís Campos e Cunha, o então ministro das Finanças e ex-vice-governador do Banco de Portugal, nomeou para o representar e presidir a essa comissão? Quem foi, quem foi?
O ex-governador Miguel Beleza, o qual, como adiante se verá, e caso o regime da aposentação dos membros do conselho de administração também lhe seja aplicável como ex-governador do Banco, poderá beneficiar dos aumentos aprovados para os membros do conselho de administração no activo. Uma seita a que o comum dos portugueses não tem acesso e sobre a qual lhe está vedada toda e qualquer informação, filtradas que são todas as que não interessa divulgar pelos meios da subserviente comunicação social que temos.

Mas tão relevantes como os rendimentos que auferem, são as condições proporcionadas pelo Banco de Portugal no que respeita à aposentação e protecção social dos membros do conselho de administração. O regime de reforma dos administradores do Banco de Portugal foi alterado em 1997, para "acabar com algumas regalias excessivas actualmente existentes." Ainda assim, não se pode dizer que os membros do conselho de administração tenham razões de queixa. Com efeito, logo no n.º 1 do ponto 3.º (com a epígrafe "Tempo a contar") das Normas sobre Pensões de Reforma do Conselho de Administração do Banco de Portugal se estabelece que, "O tempo mínimo a fundear pelo Banco de Portugal junto do respectivo Fundo de Pensões, será o correspondente ao mandato (cinco anos), independentemente da cessação de funções."
Que significa isto? Significa que se um membro do conselho de administração toma posse num belo dia e, se nessa tarde lhe apetecer rescindir o contrato, tem a garantia de uma pensão de reforma vitalícia, porque o Banco se compromete a "fundear" o Fundo de Pensões pelo "tempo mínimo (?) correspondente ao mandato (cinco anos)".

Acresce que houve o cuidado de não permitir interpretações dúbias que pudessem vir a prejudicar um qualquer membro do conselho de administração que, "a qualquer título", possa cessar funções. O n.º 1 do ponto 4.º das Normas sobre Pensões de Reforma dissipa quaisquer dúvidas: "O Banco de Portugal, através do seu Fundo de Pensões, garantirá uma pensão de reforma correspondente ao período mínimo de cinco anos, ainda que o M.C.A. [membro do conselho de administração] cesse funções, a qualquer título."
Quem arquitectou as Normas sobre Pensões de Reforma pensou em tudo?
Pensou, até na degradação do valor das pensões. É assim que o n.º 1 do ponto 6º estabelece por sua vez: "As pensões de reforma serão actualizadas, a cem por cento, na base da evolução das retribuições dos futuros conselhos de administração, sem prejuízo dos direitos adquiridos."
E o esquema foi tão bem montado que as Normas sobre Pensões de Reforma não deixam de prever a possibilidade de o membro do conselho de administração se considerar ainda válido para agarrar uma outra qualquer oportunidade de trabalho que se lhe depare. Para tanto, temos o ponto 7º, com a epígrafe "Cumulação de pensões", que prevê: "Obtida uma pensão de reforma do banco de Portugal, o M.C.A. [membro do conselho de administração] poderá obter nova pensão da C.G.A. ou de outro qualquer regime, cumulável com a primeira (!)."

Mas há mais. O ponto 8.º dispõe que o "M.C.A. [membro do conselho de administração] em situação de reforma gozará de todas as regalias sociais concedidas aos M.C.A. e aos empregados do Banco, devendo a sua pensão de reforma vir a beneficiar de todas as vantagens que àqueles venham a ser atribuídas."
Não restam dúvidas de que fez um excelente trabalho quem elaborou as Normas sobre Pensões de Reforma do Conselho de Administração do Banco de Portugal. Pena é que não tenha igualmente colaborado na elaboração do Código do IRS, de modo a compatibilizar ambos os instrumentos legais. Não tendo acontecido assim, há aquela maçada de as contribuições do Banco de Portugal para o Fundo de Pensões poderem ser consideradas, "direitos adquiridos e individualizados dos respectivos beneficiários" e, neste caso, sujeitas a IRS, nos termos do art. 2.º, n.º 3, alínea b), n.º 3, do referido código. No melhor pano cai a nódoa.

Caros: depois de tudo quanto os mais velhos já assistiram nos últimos 33 anos, e de tudo quanto temos vindo a assistir desde 2005, do candidato marioneta a Belém que Sócrates escolheu, do aborto, da OTA, do TGV, das reformas de miséria, da "hotelização" do litoral alentejano, das pantominices e falsificações de documentos do primeiro-ministro, da saída do ministro mais influente do governo para "namorar" dois anos de presidência da CML, das piadas do ícone da actualidade do standup comedy, o “graçolas” Lino, das gafes inqualificáveis do Pinho, estamos à espera do quê mais para passar à acção?
Às armas, é o que é, e contra os ladrões, marchar, marchar!
Ah, e por favor não reencaminhem isto para o Greenspan – ainda dá uma dor fininha ao pobre coitado...
ACORDA ZÉ…dassssss!

sexta-feira, junho 01, 2007

Os Areias

Há mistérios que não o são e medidas cautelares que, pretendendo acautelar algum dano acabam por fazer desaparecer o causador e a vítima.
Reporto-me às fotografias que circulam na internet sobre crianças desaparecidas. Em vez de se fazer o que o retrato robot do OBL mostra. É que qualquer pedófilo esclarecido compra logo corante de cabelo para desviar as atenções. É o desespero dos pais, familiares, a impotência dos amigos e os escassos meios das autoridades nestes casos, ou mesmo a inércia dos governos que nos perturbam a todos.
Tende-se a culpar as polícias e a sorrir-se (eu não!) para os políticos quando se vislumbram na praia ou em qualquer espaço público. Olhando-os como se de alguém extraordinário se tratasse, quando na realidade são verdadeiros parasitas que se sustentam, a si e à canalha que os cerca, com o nosso acordo expresso no voto. Casos há em que casamentos se desfazem porque no desespero da perda os cônjuges se culpam mutuamente, entrando a relação em desgaste com a consequente rotura.
Sim somos culpados, TODOS NÓS, votantes e eleitos.

Os governantes são culpados por acção e por omissão. São-no por acção porque cada vez mais retiram às polícias orçamentos, meios, pessoal, formação, dando-lhe em troca armas obsoletas, viaturas lentas e identificáveis pelas máfias. Não mencionado os salários com que pagam o funcionalismo público e aqueles com que se pagam a si próprios. Compram máquinas de alta cilindrada para os ministérios, Banco de Portugal e outros organismos do estado, num autêntico passeio de vaidades relevando o acessório em detrimento do essencial.
São-no por omissão por terem os seus filhos a estudar em instituições privadas, transportados em viaturas pagas pelos impostos dos honestos e protegidos por seguranças (GOE e Corpo de Segurança da PSP), deixando as escolas públicas e as ruas deste país à mercê de pedófilos, traficantes de seres humanos e de órgãos, das máfias do trafico de crianças e de mulheres, de traficantes de droga, entre outros do mesmo género.

Todos nós somos culpados porque não agimos enquanto sociedade, tornámo-nos rebanhos medrosos deixando os lobos à solta. “Aborregámo-nos” e só quando o nosso rebanho sai à rua, seja ele desportivo, sindical, corporativo, político, de opção sexual, partidário ou de outra natureza é que nos insurgimos. Tocou ao nosso rebanho, então insurgimo-nos e vamos para a rua fazer figuras patéticas, porque todos os outros se estão obrando para o nosso rebanho, da mesma forma que nós obramos para o deles quando lhes toca.
Foi a senhora titular da pasta da educação que resolveu pôr os pais a avaliar os professores. Não, não sou professor e reconheço que nem todos têm aptidão para ensinar, desde logo porque isso não se aprende, é inato, faz parte do carácter e da personalidade de cada um. Ou se é comunicador ou não. Ponto final.
No entanto, daqui a pôr os pais a avaliar professores, quando nem em casa sabem retirar as dúvidas escolares aos filhos, é de uma gritante incompetência e por conseguinte, fazendo eu parte da grande maioria ganhadora das últimas eleições, a abstenção, grito-lhe que é culpada. Sim é culpada de não ter dado força aos professores e ainda os ter fragilizado mais, embora estes também tenham de assumir que há colegas que nem para espelhos deviam falar, pois se não se entendem a si mesmos, como é que se conseguem fazer entender a outros.

No entanto o “engenhêro”, tem vindo a governar de acordo com o nosso ódiozinho nacional a quem está melhor que nós. Soube explorar as raivas caseiras aos militares, polícias, funcionários públicos, magistrados, e em consequência retirou-lhe algumas regalias adquiridas. Ficámos todos contentes. Toma lá, que as fardas e os juízes já se F***! Ganda Zé Socas! (como grita o cauteleiro da Praça Sá Carneiro no Areeiro).
É assim o nosso povinho e a ele aplica-se a metáfora do caranguejo.

Um dia um homem que passeava com o filho junto a um cais onde se encontravam pescadores de caranguejos resolveu ensinar ao filho uma daquelas lições de vida. Chamou à atenção do filho para o facto de todos os baldes terem tampa excepto um. Perguntou então ao filho:
- Sabes qual é o pescador português?
O petiz atrapalhado não soube responder e então o pai disse-lhe:
- É o que tem o balde sem tampa!
- Porquê?
- Porque os caranguejos apanhados pelo português tornam-se logo portugueses e não fogem do balde. Assim que há um que começa a subir, os outros puxam-no logo para baixo.


Há pouco foi o MOP que apelidou de deserto a margem sul do Tejo, n
uma extraordinária demonstração de ignorância, boçalidade e irresponsabilidade política. Eu percebi-o e bem. Como a sul do Tejo predomina o PCP, então para eles aquilo é um deserto e todos os outros que não o sejam que se fecundem.
Depois, oh depois! Foi a alarvidade total com as declarações do Dr. Almeida Santos sobre dinamitar pontes. Por acaso saberá aquele indígena qual a quantidade de explosivos que seria necessária para derrubar qualquer uma das pontes? Abstraindo do sítio específico em que teriam de ser colocadas e o tempo que demoraria. Também é verdade que um camião carregado deles faria estrago suficiente para a interditar por uns dias, nunca destruí-la.
Que tentaria ele justificar tão veementemente para que o aeroporto vá mesmo para a OTA? Que interesses estarão em jogo? Quem lucrará com isso? Quanto nos custará em anos sem aumentos, carreiras congeladas, saúde precária, ensino depauperado, hospitais quase privatizados, maternidades fechadas e salas de chuto abertas?
ACORDA ZÉ!


Na próxima campanha eleitoral vou andar de cartão vermelho e quando vir os políticos na rua mostrar-lhes-ei o dito ou em alternativa o gesto da foto. Façam isso, passem a palavra já para as autárquicas de Lisboa.
Bom fim de semana que o meu já está estragado
.