segunda-feira, fevereiro 13, 2006

O Bode Expiatório

Recentemente o mundo islâmico em geral e o de cariz radical em particular, insurgiu-se, qual onda de ódio anti ocidental, contra a publicação de caricaturas do seu profeta. Afirmo-o sem medos, a grande maioria dos muçulmanos não é assim, apesar de não nutrir grande simpatia pelos ocidentais. Vivi o suficiente entre eles para o saber e, mais que tudo, sentir-lhes a hostilidade radicada num ódio ou desconfiança ancestral, sem explicação. Toleram-nos, julgam-se superiores moral e religiosamente, não nos apresentam as suas famílias, proíbem casamentos entre não muçulmanos e muçulmanos, ou vice-versa, a não ser que haja conversão ou fuga de um deles. Acham-nos infiéis (à sua religião, claro), e, como tal, não somos dignos de entrar na sua intimidade, a não ser por relações comerciais. Na sua religião, que nunca adoptarei pelos valores que estimo, só os homens têm direitos absolutos, até o filho varão é, no seio da família e da sociedade, hierarquicamente superior à sua mãe.
O que aqui vos relato não é produto de nenhum site racista, xenófobo ou anti muçulmano, é fruto de uma experiência pessoal de passagem por vários países muçulmanos, árabes e não árabes, e de seis meses na Bósnia-Herzegovina, onde contactei não só com muçulmanos bósnios, outrossim com árabes muçulmanos oriundos de todo o mundo árabe e que vieram para os Balcãs fazer a Jihad ou guerra santa. Não vieram em ajuda dos seus irmãos muçulmanos, vieram fazer uma guerra santa contra tudo o que era não muçulmano. Disseram-mo, aliás, cuspiram-mo na cara, literalmente.
O Islão proíbe o consumo de drogas, mas aceita pacificamente o seu cultivo e posterior tráfico para o ocidente. É a Hadith, ou tradição islâmica. É assim no Afeganistão e com o beneplácito das Nações Unidas.
“Estamos gradualmente a substituir a produção de ópio nas áreas rurais deste país, mas tal, como compreenderão, é um processo que leva anos e a produção de papoilas também serve propósitos médicos”. Palavras do Secretário-Geral da ONU em Abril de 2005 (sic).
Então a papoila serve propósitos médicos no Afeganistão e a folha de coca, já mascada há séculos pelos Maias, Incas, Aztecas e outros povos oriundos da América do Sul, não serve os mesmos propósitos?
O Islão condena o álcool, mas vi diplomatas árabes, que por serem chefes tribais são também líderes religiosos, pedirem sumo de tomate mas o barman ter ordens de lhes servir bloody-Mary e não fazer perguntas. Da mesma forma, quando pediam chá, estranhamente não lhes chegava á mesa a fumegar, pois a cor é extraordinariamente similar à do Scotch. Não, não é produto da minha imaginação, acontecia amiúde num Hotel de uma cadeia propriedade de uma família saudita.


Estou farto da atitude complexada e de complacência do mundo ocidental face a um radicalismo islâmico que mantém povos num estádio de quase iletracia, dominando-os pelo obscurantismo em detrimento de uma educação escolar e cientifica que faria cair dogmas religiosos como sucedeu no ocidente. Conheci médicos árabes e muçulmanos, ao serviço da ONU, que se ofereciam para qualquer local do mundo para poderem ser médicos a sério, uma vez que nos seus países a praxis médica era limitada à vontade do imã. Na Bósnia foi-me dito frequentemente por muçulmanos mais radicais, que quando a guerra acabasse iriam lavar e pintar de novo os locais onde tinham estado forças da ONU, amigas mas infiéis. Foi-nos dito a nós, que estávamos ali para assegurar que os sérvios não lhes dessem cabo do canastro. Nós, os soldados azuis, alguns dos quais, não poucos, que morreram, ficaram estropiados e/ou marcados psicologicamente para garantir a paz naquela terra a energúmenos que recebiam num dia ajuda alimentar internacional e no outro a vendiam em mercados, sem mesmo lhes retirar o rótulo de Humanitary Aid, enquanto os filhos e a (s) mulher (es) se satisfaziam com um magro caldo e leite em pó. Eu vi, não me contaram.

Muitas das atrocidades cometidas sobre populações sérvias foram perpetradas por Mdjaedinh, ou guerreiros do Islão, que chegaram à Bósnia-Herzegovina vindos de todo o mundo árabe via Albânia, com o conhecimento mas um olhar para o lado da OTAN, EU e ONU. Relatávamos frequentemente os seus movimentos em montanha, mas recebíamos ordem para não interferir, até porque eram fáceis de seguir e encontrar em qualquer altura. O cheiro, ou outras vezes o ruído, denunciava-os, uma vez que se untam com óleos de cheiro forte, assim como oram cinco vezes ao dia virados para Meca e a ladainha ouve-se à distância.
Qual o resultado de a Palestina receber por ano em ajuda internacional mais do que o orçamento geral do estado português? Desenvolvimento? Educação? Hospitais? Não, bombistas suicidas e terroristas internacionais, isto é, a ajuda monetária internacional não só enche os bolsos dos corruptos governantes árabes, como também forma terroristas que causaram os 11 de Setembro e de Março, os atentados de Bali e a morte do sargento João Roma Pereira.
Os políticos ocidentais que se deixem de por de cócoras por interesse petrolífero, que cortem as torrentes de dinheiro dos nossos impostos que mantém cerca de 23 milhões de muçulmanos a viverem de subsídios de segurança social nos diversos países da União Europeia.
Quando voei para os Emiratos Árabes Unidos fui avisado para retirar o cordão de oiro com um crucifixo pois poderia ofender os locais. As mulheres ocidentais na Arábia saudita, Irão, EAU, e outros estados de índole religiosa governamental, são obrigadas a usar, contra sua vontade, véu em público e saias compridas. É este o respeito pelo direito à diferença? Não, é mera imposição e castração de valores.


Esses desequilibrados mentais querem impor os seus costumes aos outros e não aceitam, como em França, que os shador ou lenço sejam retirados nas escolas?
Quem causou verdadeiramente esta onda de raiva rábica contra o ocidente? Foram as caricaturas? Não, a causa é mais profunda e radica simplesmente numa negação dos valores de igualdade e liberdade inerentes às sociedades ocidentais.
O Islão radical mata em nome do profeta, manda para uma morte suicida, em nome do mesmo Maomé, a juventude pobre dos seus países. Acaso algum filho de líder da OLP, Hamas, Hezbolah, ou de algum outro líder religioso já se sacrificou pelo profeta?
O mesmo Islão que interpreta mal, muito mal mesmo, os ensinamentos do profeta, usando o seu nome para assassinar cobardemente, vê-se agora chocado com a publicação de uma caricatura de Maomé com um turbante em forma de bomba?
Quem transmitiu essa imagem de inspiração dada pelo profeta aos suicidas bombistas? Foi o cartoonista Dinamarquês? Está na hora de o ocidente deixar claro ao mundo árabe que não tolera mais ataques aos seus valores e que se insurgirá contra o assassinato de cidadãos ocidentais em nome de um deturpado uso da fé.
Jamais poderei esquecer o júbilo no mundo árabe com o ataque às torres gémeas, à estação de Atocha, irradiando satisfação pela morte de inocentes. Em Portugal, as autoridades, apesar da Reserva de Ordem Pública Internacional do Estado Português, contida no Art.º 22º do Código Civil, sabem que há muçulmanos que vivem com mais de uma esposa, só que como declaram que as outras são primas, fecha-se os olhos.
Façam lá uma dessas no mundo árabe e depois saberão o que é tolerância zero.
Pela parte que me toca já me custou engolir a morte de um camarada cobardemente assassinado no Afeganistão e, se a força das coisas o impuser, facilmente, muito facilmente mesmo, troco a toga pelo gládio e honrarei, com o sacrifício da própria vida, se caso for, as gentes lusas que conquistaram este cantinho aos mouros.